Projeto Planeja Gente

25 de agosto de 2017 - 18:34

Projeto Planeja Gente

Apresentando o documento técnico de levantamento da força de trabalho atual da Sohidra

 

O Projeto Planeja Gente, apoiado metodologicamente pela consultoria EloGroup Consultoria e Desenvolvimento e concebido pela Coordenadoria de Gestão de Pessoas (COGEP/SEPLAG),  tem com objetivo identificar carreiras estratégicas para o Ceará e tornar-se uma metodologia padrão para o planejamento, acompanhamento e monitoramento da força de trabalho do Estado.

As conclusão do documento técnico de levantamento da força de trabalho atual, elaborada e discutida em conjunto com a consultoria, foi apresentada pelo consultor Rennan Rocha, da EloGroup, aos gestores Antônio Lucena da Diretoria de Águas Superficiais, Marcos Pinho, da Diretoria de Águas Subterrâneas, Francisco Hemirton, Diretor Adm.Financeiro, e Aurilene Rocha, Supervisor de Gestão de Pessoas, e ressaltou os seguintes pontos:

 

Risco de esvaziamento do órgão em função da aposentadoria: O órgão encontra-se em risco de ter sua força de trabalho de servidores efetivos e estabilizados e empregados públicos fragilizada até 2020 e extinta até 2023. Na prática, se a hipótese levantada pela projeção se confirmar, de 53 servidores efetivos e estabilizados e empregados públicos disponíveis, 40 poderão aposentar-se até 2020. Portanto, há um risco de perda quantitativa da força de trabalho no curto e médio prazo. Ressalta-se ainda que existe um fator que pode alterar a curva de aposentadoria do órgão. Atualmente está sendo pleiteado junto à Seplag uma gratificação* por desempenho que, se aprovada, poderá exigir 5 anos adicionais de tempo de serviço dos servidores efetivos e estabilizados e empregados públicos caso queiram incorporá-la à aposentadoria.
Enfraquecimento e/ou perda da força de trabalho técnica. Dos colaboradores atuais, um pequena fração destes são Engenheiros e Geólogos. Esses profissionais, sobretudo os que têm mais tempo de serviço, detém o conhecimento específico sobre os principais processos finalísticos do órgão, tais como: construção de barragens, adutoras, canais, poços, etc. Há um consenso na Sohidra que os cursos ofertados (sejam eles superiores ou técnicos) não são suficientes para formar um profissional capaz de atender, a contento, as demandas do órgão, ou seja, para o profissional inexperiente é necessário vivência prática e convivência com profissionais experientes para completar seu o ciclo de aprendizado. Com essa realidade e uma perspectiva de não contratação de novos profissionais e aposentadoria dos mais experientes, a Sohidra não corre apenas o risco de perder em quantidade de colaboradores, mas também em capital intelectual, este sendo o mais oneroso para o órgão e para o Estado, pois torna o processo de aprendizado demasiadamente moroso e caro, pois uma vez que fiquem sem tutores, haverá uma exigência maior para profissionais inexperientes, que deverão dedicar ainda mais tempo e esforço para aprender e performar dentro das expectativas.
Segundo os gestores e técnicos da Sohidra, a estrutura remuneratória e a ausência de um Plano de Cargos e Carreiras próprio do órgão dificulta a atração e manutenção de profissionais qualificados. Foram citados, pelas diretorias, inúmeros casos de perda de profissionais com alto potencial e capacidade técnica em função da aceitação de propostas de trabalho financeiramente superiores. Com isso, foi afirmado que exige-se do profissional uma responsabilidade muito alta, como coordenar e fiscalizar obras que somam valores acima de R$2 bilhões de reais, com remuneração não satisfatória e sem perspectiva de melhoria na estrutura de remuneração.
A infraestrutura que o órgão dispõe é considerada insuficiente para atender às demandas atuais. Foram citados, pelos diretores, a falta de veículos, recursos tecnológicos e carência da infraestrutura da sede. Isso, somado a indisponibilidade de força de trabalho, parece impactar diretamente na perda de produtividade.