Secretário apresenta na AL ações do Governo do Estado no enfrentamento aos efeitos da seca

12 de novembro de 2015 - 14:23

Teixeira destacou a aceleração da velocidade de perfuração de poços para dar respostas ao abastecimento no interior. Também destacou a importância do uso racional e parcimonioso da água

O secretário dos Recursos Hídricos, Francisco Teixeira, apresentou nesta quarta-feira (11/11), na Assembleia Legislativa, as ações que Estado vem desenvolvendo no enfrentamento aos efeitos da estiagem. Acompanhado dos dirigentes das vinculadas, de técnicos da SRH, do secretário do Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira, do presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neuri Freitas, o secretário Teixeira apresentou um panorama da

estiagem no Ceará para, em seguida, detalhar as ações desenvolvidas para minimizar os efeitos da seca.

O presidente da Casa, deputado Zezinho Albuquerque, ressaltou a importância de debater as ações emergenciais  para minimizar as consequências  da escassez de água. “Estamos há quatro anos com chuvas abaixo da média, e a previsão é que, em 2016, as chuvas também continuem escassas. Com isso, é muito importante debater ações para a convivência com a seca no nosso Estado”, salientou.

O secretário Francisco José Coelho Teixeira frisou que a seca no Estado é uma das maiores da história e que, diante da grande escassez, muitas ações emergenciais estão sendo priorizadas pelo Governo. “Temos um grupo técnico que estuda a situação de cada local e as medidas que devem ser tomadas”, afirmou. Ainda segundo ele, esse grupo se reúne semanalmente no Palácio da Abolição com o chefe de gabinete, Élcio Batista e, uma vez por mês, com o próprio governador.

O titular da pasta pontuou que foram feitos quase 700 quilômetros de adutoras nos últimos anos, levando água para os municípios que estão sem água. Também destacou o programa de perfuração de poços profundos, operações com carro-pipa (a cargo da defesa Civil Estadual), aquisições de estação de tratamento móvel de água, e campanhas de uso racional da água.

Entendo que existam muitas vezes insatisfações, porque a resposta precisa ser mais célere, mas a burocracia é muito grande e, para diminuir a parte burocrática, estamos estudando estabelecer a ata de registro de preço, que vai facilitar para as prefeituras, que podem aderir às atas em vez de ter que fazer licitações”, afirmou.

O presidente da Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), Neurisâgelo Freitas, relatou o trabalho desenvolvido pela companhia, em parceria com os demais órgãos, para amenizar a situação de falta de água nas áreas mais afetadas pela seca. Ele citou também as dificuldades enfrentadas em algumas áreas, como a falta de eletrificação para a instalação do abastecimento. “A demanda na Coelce é grande e estamos estudando fazer ligações através de sistema solar. Hoje, 21 poços estão, em fase de experiência, usando painéis solares”, informou.

O secretário do Desenvolvimento Agrário, Dedé Teixeira, também esteve presente e destacou o Comitê Integrado de Convivência com a Seca, que debate com prefeitos, vereadores e instituições públicas estaduais e federais medidas para a estiagem no Ceará. Compondo a mesa, estavam ainda o superintendente da Sohidra, Yuri Castro, e o presidente da Cogerh, João Lúcio Farias.