Sessão especial na Assembleia sobre a seca foi elogiada pelos parlamentares

3 de junho de 2015 - 13:38

O secretário dos Recursos Hídricos do Ceará, Francisco Teixeira, apresentou, no plenário da Assembleia Legislativa, as principais ações de convivência com a seca promovidas pelo Governo do Estado. A sessão especial sobre a estiagem aconteceu no segundo expediente desta terça-feira (02/06) e contou ainda com as presenças dos titulares da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), João Lúcio Farias, e da Superintendência de Obras Hidráulicas (Sohidra), Yuri Castro. A Secretária de Desenvolvimento Agrário (SDA) foi representada pelo seu coordenador de agricultura familiar, Itamar Marques.

Após um discorrer sobre a qualidade da quadra chuvosa deste ano – que confirmou os prognósticos da Fundação Cearense de Meteorologia (Funceme), ficando abaixo da média – o secretário destacou o baixo percentual de água acumulada no Estado, segundo ele, menor desde os anos 1980. “Em algumas regiões do Estado, há chuvas abaixo da média desde 2010. Ou seja, seis anos de seca”.

Segundo o secretário, a sequência de “anos ruins” fez com que os efeitos da estiagem começassem a ser sentidos mais fortemente nas sedes municipais. “Desde o governo passado tem se investido forte no sentido de garantir o abastecimento das cidades do interior. Principalmente por meio de adutoras de montagem rápida, mas agora as fontes hídricas (açudes) começam a escassear. A solução é a construção e instalação de poços”, explica.

Somente nos quatro primeiros meses deste ano foram construídos 289 poços em sedes municipais. A meta é construir 700 poços, que possam assegurar o índice de 80 litros de água por habitante/dia. “Temos levado a efeito a seguinte parceria: a Cogerh faz a locação, a Sohidra perfura e a Cagece (ou os serviços municipais de água e esgoto) instalam os poços.

Para as zonas rurais serão beneficiadas 222 comunidades rurais neste ano, por meio do programa Água Doce, do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e contrapartidas do Estado. “São 563 sistemas (simplificados de abastecimento) na área rural. Ao todo (zonas rurais + áreas urbanas), são 1.500 sistemas a serem feitos até o final do ano. Em breve haverá pregão eletrônico, com mais recursos alocados para contratar mais 800 sistemas”, lembrou.

Também está prevista a construção de mais 190 quilômetros de adutoras de engate rápido neste ano, que se somarão aso 760 quilômetros já instalados.